domingo, 21 de junho de 2009

A Alemanha e o lucro gerado pelo vento

Líder mundial em energia eólica (gerada pelo vento), a Alemanha tem mais de 19 mil turbinas em operaçao, grande parte na cidade de Hamburgo. Pela força dos ventos, o Brasil tem potencial de 143 mil megawatts, mas a potência instalada é de 237 megawatts. Em uma previsão otimista, se todos os projetos de energia eólica saírem do papel, o Brasil terá 1,3 mil megawatts até o final deste ano.

Na Alemanha a produção de energia eólica é responsável por cinco por cento de toda a energia produzida no país, mais do que em qualquer outro lugar. Os preços elevados de energia estão aumentando o interesse mundial pelas energias renováveis na Europa.

Os produtores alemães de tecnologia eólica dominam hoje 50% do mercado mundial. Só no ano passado, as exportações alemãs nessa área subiram de 1,8 bilhão para 3 bilhões de euros, ampliando de 50% para 64% sua participação nas exportações como um todo.

Segundo estimativas da Associação Européia de Energia Eólica (EWEA), existem, no mundo, aproximadamente 150.000 empregados na indústria de energia eólica, dos quais 64.000 só na Alemanha.









Veja a lista dos salário mínimos mensais de diversos países da UE

Um total de 15.845 euros é o que um trabalhador alemão com carteira assinada ganhou, em média, no ano passado, após descontar os impostos e as contribuições sociais e considerar a evolução do custo de vida.Esse valor corresponde aproximadamente ao poder aquisitivo real de 1986, equivalente a 15.785 euros, registrado na então Alemanha Ocidental. É o que aponta uma estatística do Ministério alemão do Trabalho, divulgada pelo jornal Bild, de maior circulação no país. Abaixo lista dos salário mínimos mensais (em euros) em alguns países da Europa:

Luxemburgo: 1369
Holanda: 1249
Bélgica: 1163
França: 1154
Reino Unido: 1105
Irlanda: 1073
Estados Unidos: 877
Grécia: 605
Malta: 535
Espanha: 526
Eslovênia: 451
Portugal: 416
Hungria: 212
Polônia: 201
República Tcheca: 199
Estônia: 138
Lituânia: 125
Eslováquia: 118
Letônia: 116
Turquia: 89
Romênia: 73
Bulgária: 56

Piso salarial passa a vigorar em mais sete setores na Alemanha


A Alemanha, um dos poucos países da UE que ainda não têm salário mínimo, vai introduzir um piso salarial em mais sete setores da economia.

Sete setores da economia requereram junto ao Ministério do Trabalho sua inclusão na lei trabalhista que regulamenta a remuneração de prestação de serviços intersetorial. Com esta medida, 1,43 milhão de pessoas passarão a contar com um piso salarial em suas profissões. A medida entrará em vigor quando o ministério validar os respectivos acordos salariais.
Na Alemanha, o piso salarial vigora apenas em alguns setores, como o de construção civil, entre outros. Agora, a medida deverá ser estendida para mais sete setores: os de emprego temporário, assistência geriátrica, vigilância e segurança, lavandarias de grande porte, formação profissional, firmas de engenharia florestal e empresas especiais de mineração. Eventualmente a regulamentação incluirá mais um setor, segundo comunicou o ministro alemão do Trabalho, Olaf Scholz (SPD).

Problema foi identificado cedo na construção civil


Existe apenas um setor no país que opera com salário mínimo estabelecido por decreto: a construção civil. Desde 1997, a lei garante que a tarifa negociada seja estendida também para trabalhadores de empresas estrangeiras na Alemanha.

O problema remonta a contratos antigos, segundo os quais empresas vindas de fora podiam trazer seus próprios empregados para executar obras no país, o que lhes permitia pagar salários menores e lhes garantia vantagens em relação à concorrência.

Isso acabou gerando não apenas uma derrubada dos preços do setor, mas também a rejeição dos trabalhadores alemães, além de gerar condições de trabalho que não condizem com os padrões sociais do país.

Especialistas divididos

Na União Européia, existe um salário mínimo em 18 dos 25 países-membros, entre eles Grécia, Espanha, Grã-Bretanha e França. Na maioria deles, o salário mínimo é definido de acordo com o pagamento mensal, não por hora de trabalho. Em 2004, o espectro da renda mensal mínima variava de 116 euros na Letônia a 1369 euros em Luxemburgo.

Os favoráveis à introdução de um salário mínimo na Alemanha argumentam baseados na justiça social e no asseguramento de um mínimo necessário para a sobrevivência.

Os que são contra alegam que a medida seria contraproducente, já que empregos cujos salários forem inferior ao estipulado por decreto desaparecerão, ocasionando um aumento do desemprego. Para eles, a justiça social já estaria assegurada pelo auxílio social e o seguro-desemprego.


Salário mínimo: Alemanha é exceção na Europa

Ao contrário da maioria dos países industrializados, na Alemanha não há um salário mínimo estipulado por lei. Especialistas discutem prós e contras. Segundo estudo, trabalhador alemão é o terceiro mais caro da Europa.


Na Alemanha, são as partes negociadoras – sindicatos e empregadores – que negociam os salários em cada um dos setores da economia. No entanto, já faz algum tempo que esse sistema vem apresentando falhas: em tempos de globalização econômica, o mercado de trabalho é tomado por estrangeiros dispostos a trabalhar por um salário mais baixo. Ao mesmo tempo, a pressão aumenta para que empresas desloquem sua produção para países onde os custos são mais baixos.

Trabalhador alemão é terceiro mais caro da Europa

De acordo com um estudo da empresa de consultoria de recursos humanos Mercer, a Alemanha ocupa a terceira posição no ranking dos maiores custos de mão-de-obra da Europa. Com uma média de 50,4 mil euros por empregado por ano, a Alemanha só fica atrás da Bélgica (53,6 mil) e da Suécia (52,8 mil).

Especialistas constataram diferenças consideráveis entre os países europeus. Na Europa Ocidental, os custos de mão-de-obra chegam a ser até quatro vezes maiores que no Leste Europeu. Na Letônia, por exemplo, eles são de 4,75 mil euros por ano.

A média anual européia é de 28,3 mil euros, ou seja, 15% menor que a dos Estados Unidos. No entanto, sem levar em conta os índices dos países da porção Leste, a média da Europa Ocidental seria 23% superior à americana.